Compreender a dinâmica do transporte de alimentos perecíveis é a chave para ter uma estratégia logística eficaz e alcançar melhores resultados no mercado.
Além de ser necessário para evitar o descumprimento de legislações que podem acarretar riscos à saúde pública, desperdício de produtos, prejuízos financeiros, sanções e penalidades legais.
Dito isso, vamos aprender mais sobre a logística de transporte de produtos alimentícios perecíveis?
Continue conosco até o final da leitura!
O que são alimentos perecíveis?
Alimentos perecíveis são os produtos alimentícios que possuem uma vida útil limitada por serem de origem animal e vegetal, o que os torna propensos à deterioração e contaminação por microorganismos, como fungos e bactérias.
Além disso, esses tipos de alimentos podem ter o processo de decomposição acelerado por aspectos externos, como umidade e temperatura do local.
Neste sentido, são produtos que necessitam de uma armazenagem adequada para serem consumidos dentro de um tempo específico, antes que fiquem impróprios.
É possível encontrar tabelas de alimentos perecíveis na internet para conhecer melhor os tipos existentes. Mas, para te ajudar, separamos uma lista com os principais produtos alimentícios perecíveis. Confira:
- frutas frescas;
- carnes cruas;
- vegetais;
- frango;
- ovos;
- camarão;
- peixes;
- alimentos em conserva.
Portanto, o fato de serem perecíveis significa que a natureza biológica desses alimentos faz com que as condições de conservação tenham um impacto direto na sua qualidade e segurança alimentar.
Como funciona o transporte de alimentos perecíveis?
O transporte de alimentos perecíveis abrange várias medidas e precauções que asseguram o bom estado de conservação e qualidade dos produtos quando chegam ao destino.
O objetivo de um transporte eficiente é garantir a segurança alimentar e o frescor dos alimentos para serem consumidos com todos os nutrientes.
Para isso, foi elaborada a legislação do transporte de produtos perecíveis, bem como regulamentações locais que estabelecem diretrizes específicas para garantir a segurança alimentar durante todo o processo logístico.
Acompanhe a leitura para entender:
Regulamentações e normas de segurança
O processo de transporte de alimentos perecíveis é regulamentado pela Portaria nº 326 da Anvisa, também conhecida como Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Para ser mais específico, o item 4.7.1 determina que:
“Os meios de transporte de alimentos colhidos, transformados ou semi-processados dos locais de produção ou armazenamento devem ser adequados para o fim a que se destinam e constituídos de materiais que permitam o controle de conservação, da limpeza, desinfecção e desinfestação fácil e completa.”
Além disso, a Resolução n.º 275 da Anvisa também estabelece que as empresas que trabalham com o transporte de produtos alimentícios perecíveis devem:
- obedecer à temperatura informada no rótulo do alimento;
- manter o veículo higienizado e com a cobertura adequada;
- fornecer a refrigeração necessária;
- conservar a integridade do alimento;
- transportar somente alimentos no veículo.
A nível internacional, existe a norma ISO 22000, que determina os requisitos para sistemas de gestão de segurança alimentar.
A finalidade dela é fornecer um quadro que vise a implementação de um sistema que envolve todo o processo da cadeia alimentar, desde a produção até o transporte ao destino e consumidor final.
Riscos associados ao transporte de alimentos perecíveis
A legislação de transporte de produtos perecíveis existe por um principal motivo: garantir a segurança alimentar.
Ou seja, todas as regulamentações e jurisdições foram criadas para evitar os riscos que são associados a essa logística de transporte, como:
- proliferação de microorganismos;
- contaminação cruzada;
- danos físicos que prejudicam a integridade dos alimentos;
- higienização e temperatura inadequada;
- atrasos no transporte que podem comprometer a qualidade dos produtos;
Leia também: Exportação de grãos no Brasil: como funciona, tipos, e como fazer!
O papel da exportação de alimentos na economia do Brasil
Em 2022, o Brasil ficou classificado como a 11ª maior economia global e isso tem relação direta com a exportação de alimentos.
O setor agrícola e de transporte de alimentos perecíveis desempenhou uma função primordial nessa posição.
Mas no que esse setor influencia, exatamente? Entenda a seguir!
Contribuição para o PIB
A exportação de alimentos tem papel importante na contribuição para o PIB do país.
Segundo um relatório da Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (ABIA), a indústria deste setor é a maior do Brasil e representa 10,8% do PIB brasileiro, além de gerar 1,8 milhão de empregos.
Este mesmo levantamento de dados também mostrou que o Brasil exporta para 190 países e movimentou cerca de U$59 bilhões em exportações.
Esses números fazem do Brasil o 2º maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume, o que só reforça as oportunidades que esse mercado pode oferecer.
Potencial de inovação e valor agregado
Como você pôde perceber, a exportação de alimentos é uma área de comércio internacional cheia de oportunidades, sendo uma das principais o potencial de inovação e valor agregado.
Neste sentido, o setor está em um momento propício para pesquisas voltadas para inovação, desenvolvimento de novos produtos e investimento em logísticas de transporte de alimentos perecíveis, por exemplo.
Todos esses detalhes contribuem para uma maior movimentação do mercado internacional, bem como estimula a modernização das indústrias que trabalham com a produção e exportação de alimentos.
Quais os cuidados na hora do transporte de alimentos perecíveis?
Como explicamos antes, os produtos perecíveis precisam de cuidados especiais para assegurar a qualidade e boas condições de conservação deles.
Algumas das principais orientações para transporte desses alimentos são:
Embalagens adequadas
É importante utilizar embalagens adequadas e resistentes para dar a proteção necessária para os alimentos durante o transporte.
Por exemplo, se o objetivo é transportar frutas e vegetais mais secos, uma opção é utilizar caixas de papelão ventiladas como embalagem.
Portanto, é preciso avaliar as características dos produtos para escolher uma embalagem adequada.
Temperatura controlada
Outro cuidado essencial é manter a temperatura controlada de acordo com as especificações de cada alimento.
Muitos produtos requerem um nível determinado de refrigeração, por exemplo, para ser mantido em bom estado de conservação.
Uma dica é utilizar veículos isotérmicos ou refrigerados para atender as necessidades desses tipos de produtos.
Monitoramento e rastreamento
Tão importante quanto atender os requisitos de temperatura é contar com sistemas de monitoramento e rastreamento dos transportes.
Isso porque esses sistemas possibilitam que a empresa acompanhe o processo de entrega para que ele seja feito dentro das condições adequadas.
Transporte seguro
A empresa também deve garantir o transporte seguro durante todo o trajeto do alimento até o consumidor final.
Para isso, a organização pode capacitar os profissionais responsáveis pelo transporte e oferecer instruções sobre o manuseio adequado das cargas.
Documentação e registro
Toda operação de transporte de alimentos deve conter a devida documentação, como nota fiscal de exportação, completa para ser rastreada e monitorada.
Além disso, esses documentos funcionam como comprovação de que os requisitos de cada alimento foram cumpridos.
Treinamento e conscientização
Outro cuidado importante é assegurar que os motoristas e profissionais responsáveis pelo transporte sejam capacitados.
Logo, a empresa pode fornecer treinamentos para mostrar práticas de segurança no trânsito, bem como as mais indicadas para preservar a qualidade dos produtos.
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Conclusão
Ter uma boa gestão no transporte de alimentos perecíveis é essencial para evitar desperdícios, prejuízos financeiros e penalidades legais.
Além disso, investir nessa logística de transporte é uma forma de contribuir com a saúde pública, aumentar a reputação da empresa no mercado e otimizar processos operacionais.
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