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Hedge: como funciona essa operação de proteção financeira?

O mundo do investimento é, de fato, bastante complexo, seja para quem está iniciando ou já tem uma longa experiência.

Existem diversas estratégias para serem usadas, para diferentes finalidades. Quando se busca por segurança, a operação de Hedge é uma das mais executadas.

O hedge é uma tática utilizada por investidores de vários segmentos, que tem como principal efeito minimizar a variação do mercado financeiro.

Neste artigo, separamos para você tudo sobre a operação de Hedge. Boa leitura!

O que é hedge?

O hedge é uma estratégia que busca reduzir o risco de variação de um investimento. Quando se realiza uma operação desse tipo, o objetivo é não obter perdas no futuro.

Basicamente, se protege o valor de um ativo contra a possibilidade de alguma variação. Desse modo, quem pratica o hedge consegue um pouco mais de previsibilidade.

A operação de hedge já acontece há muito tempo. Por exemplo, em Chigago-IL, no século XIX, um grupo de agricultores que estavam receosos sobre uma queda de preço das commodities, fizeram um contrato futuro de venda desses produtos, por um valor fixo.

Dessa maneira, eles conseguiram um tipo de acordo que garantia a venda por um valor, independente da variação de preço.

No Brasil, a responsável por esse tipo de operação é a BM&FBovespa.

Em geral, o hedge é praticado em:

  • setor exportador;
  • setor agrícola;
  • compra de ações;
  • operações de câmbio.

A operação de Hedge é utilizada exclusivamente para ações de alta volatilidade. Caso contrário, o uso da estratégia pode ser um erro.

É bastante comum que se utilize essa tática em períodos onde o mercado financeiro apresenta altas variações, como em eleições ou em situações de guerra.

Como funciona uma operação de hedge?

Uma estratégia de hedge pode ser realizada de maneiras diferentes. É possível pontuar duas principais.

A primeira é de garantir um preço de um ativo para negociação futura. Dessa forma, é possível manter um valor fixo para tal patrimônio.

Para isso, se utiliza ferramentas como derivativos, opções ou contratos futuros.

Outra forma de executar um hedge é se posicionar de acordo com investimentos que são historicamente opostos.

Um exemplo é a bolsa da valores brasileira e o dólar. Quando o dólar vai bem, a Ibovespa tende a ir mal.

Dessa maneira, o investidor se posiciona de forma estratégica para preservar o seu ativo.

Quais são os tipos de hedge?

Existem vários tipos de hedge. Vamos te explicar sobre os principais abaixo:

Hedge em commodities

O hedge em commodities é feito por meio de contrato futuro. O valor de compra ou venda dos produtos é fixado para negociações no futuro.

É bastante utilizado no mercado da agropecuária, de modo a proteger os investidores de situações inesperadas. 

Pode ser muito utilizado por conta de possíveis problemas com a safra ou até mesmo com a exportação de carnes, que sofre alterações de preço constantes.

Hedge cambial

O hedge cambial é a alternativa do investidor quando ele precisa diminuir o risco cambial de um ativo.

Desse modo, ele é utilizado por investidores do mercado financeiro internacional, e empresas de comércio exterior (exportadoras ou importadoras). 

Na prática, ela funciona da seguinte forma: imagine que um investidor dos Estados Unidos deseja comprar uma ação na Itália. Assim, ele terá que investir em euros.

No entanto, ele está disposto a tomar o risco do ativo, mas não da moeda. Então, ele adquire um contrato que garante que a variação cambial seja anulada durante determinado período.

Hedge natural

O hedge natural é aquele em que o investidor ou empresa não realiza nenhuma ação para se proteger da variação de valor de determinado ativo ou ação.

Por exemplo, uma empresa que possui a sua receita e despesa em dólar consegue estabilizar os seus rendimentos.

Isso porque, caso o dólar apresente alta, a sua receita melhora, mas a despesa piora. 

Hedge em ações

O hedge em ações é comumente realizado quando é possível prever uma queda no preço de uma ação, mas não há desejo de vender o ativo no momento.

Então, é possível comprar uma opção para vender a ação em um determinado valor fixo, quando a ação sofrer uma queda futuramente.

De qualquer forma, é um tipo de hedge que precisa ser bem analisado para entender se a compra da opção vale a pena. Afinal, a ação pode se manter estável ou até mesmo valorizar.

Fundos de hedge

Os fundos de hedge são um tipo de fundo de investimento que, além de buscar obter proteção frente à variação do mercado, também busca obter lucro.

É o tipo de hedge mais complexo da lista, pois apresenta alto risco. Portanto, recomenda-se que investidores experientes atuem com esse fundo.

Tipos de hedge: diferença entre contrato futuro, swap, opções e diversificação de investimentos

A operação de hedge é feita através de alguns instrumentos financeiros. Em geral, podemos citar:

  • contrato futuro;
  • opções;
  • swaps;
  • diversificação.

Entenda sobre cada uma das maneiras de se praticar hedge abaixo:

Contrato futuro

O contrato futuro funciona por meio da fixação de um valor para compra ou venda futura de um ativo.

Logo, é possível determinar um valor confortável, que pode diminuir a instabilidade do mercado.

O contrato futuro ainda pode ser utilizado para ganhos especulativos, e por isso é uma opção interessante para o investidor.

Swap

Os swaps funcionam por meio de contrato, onde se alteram as posições de risco e rentabilidade, de modo a preservar o valor de uma ação.

Um tipo de swap bastante conhecido é o swap cambial. Ele acontece da seguinte forma: um investidor se encontra em um momento de alta volatilidade do dólar e, então, troca os rendimentos do seu ativo pela variação da moeda americana.

Opções

As opções permitem que o investidor compre um contrato de compra ou venda de uma ação por um preço fixo.

Ou seja, é possível comprar a opção para vender um ativo por R$ 50. Caso ele desvalorize em R$ 30, basta vender e obter lucro. 

Se o ativo valorizar, o investidor tem a opção de não vendê-lo. Assim, a única perda é a do valor da opção adquirida.

Diversificação de investimentos

O hedge por diversificação de investimentos é a maneira mais básica e indicada para investidores iniciantes. 

Funciona, resumidamente, a partir da diversificação de ativos em sua carteira. A ideia é obter o máximo de ações que não se relacionam diretamente.

Ou seja, caso você invista em dólar, também deve investir em euros e em reais, e, se possível, em companhias de diferentes setores.

Vale a pena fazer hedge em um investimento?

O hedge é buscado por aqueles investidores que buscam proteção. Em momentos de crise, pode ser interessante investir nos hedges.

Além disso, é importante frisar que é preciso entender qual tipo de operação de hedge faz sentido para o seu negócio.

Por esse motivo, realize uma análise do mercado e entenda se o hedge é realmente uma necessidade do seu investimento.

Conclusão

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