O Brasil fora afetado pela disputa comercial entre os governos americano e chinês, que deixou incerto o futuro da economia mundial.
O presidente americano Donald Trump cumpriu com sua intenção sinalizada na campanha eleitoral de 2016, de renegociar acordos comerciais dos EUA, desde março de 2018 o governo impôs duras taxas à produtos chineses, alegando ser uma resposta a práticas comerciais desleais da China, e roubo de propriedade intelectual norte-americana. Em revide, o Governo do chinês de XI Jingping por sua vez, decretou tarifas em 128 produtos americanos. A sequência de ” toma lá dá cá” tarifário continuou ao longo dos meses, gerando questionamentos e temores de setores da indústria sobre os efeitos causados pela disputa.
Em paralelo, a maioria dos líderes do G20 que se reuniram na Argentina fizeram apelos para que Estados Unidos e China chegassem a um acordo para superar a guerra comercial, até que em dezembro, os presidentes dos dois países acertaram uma trégua temporária e ambos concordaram em dar início a novas negociações para resolver o impasse.
Mas em meio a essa disputa, como fica a balança comercial brasileira?
Os dados mostram inicialmente a balança comercial brasileira se beneficiou, com um aumento na compra de commodities brasileiras, principalmente soja e barris de petróleo, por parte da China. Os números mostram que as, as somas das vendas chegaram à US$ 53 bilhões de janeiro a outubro, 29% mais alto que no mesmo período em 2017. Uma alta nas exportações que se deu também nas vendas para os Estados Unidos.
O aumento da compra chinesa na soja brasileira ocorreu principalmente no segundo semestre, fruto do aumento nas tarifas impostas à soja americana, enquanto a compra de barris de petróleo americanos foi cortada, abrindo espaço para o mercado brasileiro que somou US$ 11,5 bilhões em exportação para a China – 85% acima do mesmo período em 2017.
Segundo a Unctad, Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, a disputa gera efeitos na balança comercial de vários países exportadores, em particular o Brasil, que se tornou o maior fornecedor de soja para a China. Por outro lado, o temor dos economistas ao redor do mundo é de que haja uma desaceleração global da economia devido à redução nas exportações das duas maiores potências mundiais.
O Brasil vem registrando nesse período um crescimento significativo no Comércio Exterior, incluindo o aumento na movimentação de cargas nos portos, sinalizando a bom proveito da balança comercial brasileira diante da crise nas relações entre americanos e chineses, encerrando 2018 com superávit de US$ 58,298 bilhões de dólares, sendo o segundo melhor desempenho desde 1989. O saldo estima a diferença entre as exportações (US$ 239,5 bilhões) e as importações (US$ 181,2 bilhões).
Já no mercado interno, importadores, exportadores e empresas de comércio exterior continuam atentos às mudanças econômicas e ao mesmo tempo buscam meios de aprimorar suas estruturas e potencializar o uso de recursos na intenção de estar a um passo à frente de seus concorrentes, e estabelecer um nível de desempenho elevado, evitando gargalos operacionais e reduzindo custos. Para isso, o uso de tecnologias que atendam tais demandas se torna imprescindível para que se conquiste fatias do mercado em momentos oportunos como o atual cenário de embate entre Estados Unidos e China, em que oportunidades se abrem para o mercado nacional.
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